Covilhã Enfrenta Chuva Intensa e Transformação Climática Surpreendente nos Próximos Dias

Na sequência de um outono que já se anunciava húmido e ventoso, o pequeno pedaço de paraíso serrano que é o concelho da Covilhã parece ter sido alvo de uma estranha dança meteorológica nas próximas semanas. Se a Serra da Estrela é conhecida pelas suas paisagens de cortar a respiração, então o clima desta semana promete ser igualmente surpreendente.

Começamos com uma quinta-feira, dia 13 de novembro de 2025, que mais se assemelha a um espetáculo aquático digno das cascatas mais rebeldes. Com uma chance garantida (é mesmo de 100%) de chuva e humidade no máximo, preparem-se para uns impressionantes 85 milímetros de precipitação. Portanto, já sabem, caros leitores: botas de água indispensáveis e um guarda-chuva a postos!

Mas se achavam que a sexta-feira poderia trazer alguma trégua, desenganem-se. A semana avança com um tom monocromático no céu e chuviscos contínuos, ainda que menos abundantes. O volume de água aí desce para 26 milímetros, mas a probabilidade de apanhar uma molha continua.

Esperava-se que o sábado se redimisse com um programa menos aquático, contudo, a narrativa perde apenas alguma intensidade, mantendo a tónica molhada e humidade a pressionar os níveis do termómetro a alcançar 99%.

E se o domingo estava reservado para um passeio até ao coração da serra, convém prepararem-se para nuvens teimosas e aquele inevitável pingo a acentuar o frio de novembro. Ainda assim, sente-se uma leveza no ar, com rajadas de vento bem menos audazes.

Mas como tudo que sobe desce e tudo que chove seca, eis que a segunda-feira chega com uma viragem inesperada! As nuvens começam a dissipar-se, inaugurando um contraste notável com os dias anteriores. A humidade desce consideravelmente, o céu ganha espaço e o guarda-chuva dá lugar aos óculos de sol.

Terça e quarta-feira continuam a ascensão para climas diametralmente opostos: um céu que se apaga gradualmente até receber a iluminação completa das estrelas e apenas o friozito do início de inverno para nos lembrar que, mesmo sem nuvens, estamos a seguir para o fim do ano.

De facto, a Covilhã nesta semana de novembro dança ao som de uma surpreendente valsa meteorológica, alternando entre a vivacidade húmida e a serenidade seca como se refletisse as variações das suas próprias tradições culturais e naturais. Abraçados pela incerteza do clima, resta-nos aproveitar o melhor de cada dia, na companhia de belos cenários estelares e, quem sabe, uma ida ao reconhecido Museu dos Lanifícios para relembrar tempos de frio no conforto da herança industrial da região.